domingo, 22 de abril de 2012

Cientistas criam peixe que brilha em águas poluídas


Cientistas criam peixe que brilha em águas poluídas


Um grupo de cientistas britânicos criou um peixe que brilha num tom verde quando é colocado em águas tóxicas. O peixe fluorescente poderá ajudar a compreender melhor como o corpo humano responde a substâncias poluentes.
Uma equipa da Universidade de Exeter, no Reino Unido, desenvolveu um projeto que transformou um peixe-zebra comum, num peixe transgénico, que brilha num tom verde quando colocado em águas poluídas.
O bio-sensor colocado no peixe já revelou que produtos químicos com estrogénio têm um impacto superior sobre mais partes do corpo do que aquilo que se pensava anteriormente.
O modelo mostra que mais orgãos e mais partes do corpo reagem aos estrogénios ambientais.
O estudo foi publicado esta quarta-feira na revista "Environmental Health Perspectives" e explica que o objetivo foi o de criar um modelo de peixe-zebra trangénico sensível, para avaliar os efeitos em tempo real de químicos ambientais.
Efeitos dos químicos com estrogénio na reprodução
Numerosos estudos têm relacionado os químicos de "desregulação endócrina", usados numa ampla gama de produtos industriais e contracetivos farmacéuticos, com problemas reprodutivos em animais selvagens e seres humanos.
Um estudo anterior da Universidade de Exeter havia já concluído que um grupo destes químicos seria capaz de causar mudanças de género nos peixes macho.
A exposição humana a esses químicos foi associada a diminuições na produção de espermatozóides e a outros problemas de saúde, incluindo cancro da mama e do testículo.
Cientistas por todo o mundo estão, agora, a desenvolver formas de triagem e testes para perceber o real efeito destas substâncias químicas no corpo.
A equipa britânica, liderada pelo doutor Tetsuhiro Kufdoh e pelo professor Charles Tyler, da Universidade de Exeter, desenvolveu este peixe fluorescente que dá - pela primeira vez - uma perceção abrangente sobre o efeito destes produtos no corpo todo.
O Professor Charles Tyler, citado pela universidade, explicou que "ao sermos capazes de localizar precisamente onde é que diferentes estrogénios ambientais atuam no corpo, vamos ser capazes de eficientemente detetar efeitos na saúde dos químicos em questão".
O professor acrescenta: "Estamos confiantes de que o nosso modelo de peixe-zebra vai ajudar-nos a compreender melhor como o corpo humano responde a estes poluentes"

in: Jornal de Notícias 
18/04/2012

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