quinta-feira, 26 de abril de 2012

O degelo no Pólo Norte



    O aquecimento global foi objecto de observação e consequente estudo desde meados do séc. XX.
    A este fenómeno está associado a Revolução Industrial ( iniciada em Inglaterra aproximadamente a partir do séc. XIX), que introduziu um enorme conjunto de mudanças tecnológicas que acabaram por alterar significativamente todo o processo produtivo, quer a nível social como económico. Como consequência, verificou-se a superação do trabalho humano através da introdução da máquina,  que levou a uma desvalorização da produção agrícola entre outros sectores produtivos bem como, foi introduzida uma nova relação entre o trabalho e capital que acabou por se manifestar em diversos fenómenos de que é exemplo a cultura de massa ( que não é mais nem menos, do que um instrumento artificial e totalitário da cultura para servir tão só, os interesses económicos).  
    Deste modo, surgiu toda a problemática em torno do evento “poluição” que trouxe consigo outros factos negativos tais como, os fumos do tabaco, das grandes chaminés industriais ou, dos escapes de automóveis. Estes gases produzidos pela indústria e emitidos para a atmosfera, sem que houvesse qualquer tipo de preocupação com o seu impacto ambiental, levaram além do aumento do numero de doenças respiratórias e pulmonares da população, ao surgimento de uma grande problemática dos dias de hoje, e que se traduz no Aquecimento Global.
    O Aquecimento Global representa o aumento da temperatura média dos mares e oceanos e do ar que existe à superfície da Terra. Tal fenómeno tem ocorrido aproximadamente, entre o  início do séc. XX até aos dias de hoje e inclusive, prevê-se que o mesmo continue a expandir-se daqui em diante. Em 2007, estimou-se um aumento da temperatura na superfície terrestre, ocorrido durante o séc. XX, de aproximadamente 0,74 ±  0,18 °C (dados obtidos no 4º Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas, em 2007). Tal aumento deve-se às concentrações crescentes de gases do efeito estufa, produto de actividades de cariz humano tais como, a queima de combustíveis fósseis e a desflorestação. Como consequência do aquecimento global, temos o irreversível fenómeno do degelo que se verifica em várias partes da Terra, sendo que a sua maior evidência se encontra no pólo norte. De facto, a região em torno do oceano Árctico é de longe, a mais afectada. Tem- se constatado que a camada de gelo deste oceano tornou-se 40% mais fina e a sua área diminuiu 14%. Tudo isto resultado da subida da temperatura média no Alasca, no noroeste do Canadá e na Sibéria, que tem sido muito superior à média global (nos últimos trinta anos verificou-se um aumento de 2,75 °C). Consequência directa e imediata de tal aquecimento, tem sido o crescente degelo na região do Árctico, que tem ocorrido mais rapidamente do que o previsto e que, segundo estudos da Nasa, provoca em cada década, desde 1980, uma diminuição de 10% de gelo. A subida do nível dos mares e as mudanças da temperatura das suas águas conduz a alterações climáticas ao nível global que podem ter efeitos nefastos como por exemplo, o aumento do número de inundações em áreas costeiras durante períodos de tempestades.
    
   No âmbito deste tema publicamos uma notícia muito curiosa, respeitante à última edição da revista “National Geographic” (Abril de 2012), assim como um vídeo com imagens deste incrível fenómeno, o degelo.  


Novas fronteiras: “As baleias-boreais são grandes e lentas, mas são aventureiras. Os biólogos crêem que elas são pioneiras na travessia de uma rota reaberta no Árctico devido ao degelo. Investigadores que acompanham populações de baleias no Atlântico, junto à Gronelândia, e no Pacífico, junto ao Alasca, descobriram que machos de ambos os oceanos entraram na passagem de Noroeste no Verão de 2010. As suas rotas foram acompanhadas durante 10 dias (mapa). Embora as duas populações tenham vivido separadas, as suas diferenças genéticas não são grandes, indicando encontros periódicos, diz Mads Peter Heide-Jorgensen, do Instituto dos Recursos Naturais da Gronelândia. Os biólogos querem descobrir a frequência com que as baleias se encontram. <Com menos gelo na passagem de Noroeste, haverá provavelmente mais baleias a fazer travessia e talvez outras espécies também>, diz Mads.”

In National Geographic, Murray Carpenter.


(Para ampliar clique na imagem)



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